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Um milhão de maneiras de melhorar o mundo

Caroline De Masi Outubro de 2012

 

Adotar uma árvore em sua vizinhança, para bancar os custos, indicar um bom lugar pra plantar árvores, fazer uma doação em dinheiro, ser um voluntário para plantar, é um projeto encantador, baseado na união do poder público com o privado e o poder da população pensando no bem comum.

Um projeto que leva a ter consciência, de que uma pequena atitude, pode fazer uma grande diferença, principalmente quando multiplicada.
 É claro, que se não houvesse uma continuação depois do plantio, seria um trabalho em vão. E é por isso que há toda uma preocupação com o pós-plantio. Fora os programas de conscientização sobre a importância de se plantar árvores e os treinamentos, há ainda vários esforços para o engajamento da população na manutenção das árvores plantadas e uma prestação de contas bem transparente e constante dos resultados.

Terreno ocioso vira horta urbana comunitária; aprenda a fazer uma vertical

 

"Nosso objetivo maior é ocupar os espaços ociosos e assim gerar um processo de articulação social no entorno. Há muitas pessoas que foram do campo para a periferia e perderam esse contato com a terra. Ao mesmo tempo, há lugares que precisam exatamente disso", diz Fonseca, 32, educador ambiental e um dos articuladores do grupo.

Com a cooperação de biólogos que aparecem nos encontros, a horta segue princípios agroecológicos, como controle natural de pragas, uso de sementes não trangênicas e ainda composteiras produzidas em apartamentos.

"A mudança é gradual, e a cada dia fica mais bonito. Para mim é excelente. Mexer com a terra me dá paz de espírito", conta o consultor Adriano Sampaio, 41, que mora na mesma rua do espaço.

"Queremos que os vizinhos se conheçam mais e criem mais identidade com o local em que vivem. A ideia é que eles tomem conta do lugar, para que nós possamos replicar em outros bairros", diz Átila Fragoso, 31, finalizador de vídeo no coletivo Casa da Lapa. "O que mais aprendo com tudo isso é que fazer algo transformador é simples. É só usar o que se tem."

Para a cientista social Ana Godoy, 52, funciona como uma saída política. "Moro em um apartamento, então uso esse espaço como um jardim. Venho e cuido de algo que é para todo mundo."

A professora Giulia Mendonça, que trouxe o filho Miguel, 3, também partilha da ideia de quintal coletivo. "Não tive na infância, mas acredito ser fundamental para meu filho, e a convivência com as outras pessoas do bairro torna essa experiência melhor ainda."

A manutenção da horta fica a cargo dos moradores mais próximos do espaço. "Vou até a porta dos vizinhos para convidá-los. Muitos ainda não vieram. Mas acredito que a consciência de que o espaço público é nosso tende a crescer."

A recém-formada em oceanografia Juliana Gonçalves, 23, veio de outro bairro para ajudar. "Eu quis participar dessa horta específica para acompanhar o processo desde o início, aprender como mobilizar as pessoas e assim replicar onde eu moro."

Na mesma linha da troca de conhecimentos, nos próximos encontros na horta haverá oficinas de compostagem, minhocário e bioconstrução. "Convidamos o arquiteto Gugu Costa, que tem experiência com sustentabilidade, para ensinar como usar o entulho que existia aqui e assim criar o mobiliário da praça", conta Diná.

Enquanto essas oficinas não acontecem, veja como criar uma horta vertical, tema da última aula aberta no espaço.



Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsocial/

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